quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A CHAVE DA FELICIDADE

ACHEI ESTE TEMA MUITO ATUAL E TRANSCREVO-O AQUI...

A chave da felicidade
:: Elisabeth Cavalcante ::
“Acho que sou feliz.
Eu quero tudo o que tenho,
só desejo o que posso
E sou da minha idade.
Será isso a tal felicidade?"
Climério Ferreira - poeta e compositor piauiense.

É incrível como aqueles que vivem conectados plenamente com sua sensibilidade e atentos aos pequenos detalhes que compõem a riqueza da vida, como os artistas, acabam por contatar a sabedoria divina que habita neles, sem que façam qualquer esforço neste sentido.

Os versos acima, escritos por um poeta e compositor popular, revelam em poucas palavras os ensinamentos que os Mestres espirituais têm transmitido ao longo de muitos anos.

Expressam de modo simples e objetivo o segredo para se alcançar a felicidade, que nada mais é do que aceitar tudo o que possuímos e recebemos da vida, como um bem precioso. Ao invés de renegar o que a existência nos atribui, devíamos querer exatamente o que recebemos, desejar apenas o que está ao nosso alcance e vivenciar nossa idade cronológica de modo natural.

Numa época em que muitos correm atrás da eterna beleza física, - como se somente ela simbolizasse o sentido da palavra juventude -, e se recusam a aceitar que o tempo passa, assumir a idade que se tem de modo sereno é uma conquista ao alcance somente daqueles que já alcançaram um grau considerável de consciência, e já não se deixam arrastar pelos apelos da massificação.

De acordo com os ensinamentos do budismo, o desejo é a fonte de toda a infelicidade, pois ele nos torna eternamente insatisfeitos com aquilo que possuímos, e leva-nos a criar um novo desejo tão logo alcançamos algo pelo qual tenhamos ansiado intensamente.

Naturalmente isto acontece porque vivemos em função da mente, cuja principal característica é criar desejos, expectativas e metas a serem atingidas, e colocar a nossa chance de felicidade sempre no futuro. Enquanto corremos atrás de tudo aquilo que ainda não possuímos, o valor do que já está ao nosso alcance passa despercebido, na maior parte do tempo.

Conquistar um estado de Ser espontâneo, autêntico e natural, é viver o momento presente de maneira total, focando-se naquilo que acontece nesse exato instante, ainda que nele estejamos sofrendo alguma dor ou tristeza. Vivenciar plenamente o agora é assumir essa tristeza, mas não se apegar a ela de modo patológico, ou enxergá-la como nossa única condição de vida.

É possível descobrir na tristeza e na dor uma nova consciência, a de que a existência é uma imensa colcha de retalhos, que vamos compondo com pedaços belos e outros nem tanto. Mas todos, juntos, formam um rico painel, composto não só de cor como de sombra. Sem qualquer um deles, o resultado não seria o mesmo e certamente ficaria incompleto, e nos impediria de compreender o real significado da palavra Todo.

“Até agora, você viveu de um determinado modo - você não gostaria de viver de um modo diferente? Até agora, você pensou de um certo modo - você não gostaria de vislumbrar novas perspectivas? Então fique alerta e não dê ouvidos à mente.

A mente é o seu passado, tentando, constantemente, controlar o seu presente e o seu futuro. É o passado morto que continua a controlar o presente vivo. Simplesmente fique alerta com relação a isso.

Mas qual é o caminho? Como a mente continua a fazer isso? A mente o faz com o seguinte - ela diz: ‘Se você não me der ouvidos, não será tão eficiente quanto eu. Se fizer uma coisa habitual, poderá ser mais eficiente, porque já a fez antes. Se fizer uma coisa nova, você não poderá ser tão eficiente’.

A mente continua a falar como um economista, um especialista em eficiência.
Continua a dizer: ‘É mais fácil fazer isso assim. Por que fazer do modo mais difícil? Siga a lei do menor esforço’.

Lembre-se: sempre que você tiver duas coisas, duas opções, escolha a nova. Escolha a mais difícil, escolha aquela que exigirá maior consciência. Em vez da eficiência, escolha sempre a consciência. Assim, você criará a situação ideal para a meditação.

Tudo isso são apenas algumas sugestões; a meditação acontecerá - não estou
dizendo que apenas por realizá-las você entrará em meditação,- mas elas serão úteis: produzirão em você a condição necessária, sem a qual a meditação não pode ocorrer.

Seja menos eficiente, porém mais criativo. Deixe que esse seja o estímulo. Não se preocupe muito com fins utilitários. Em vez disso, lembre-se constantemente de que você não está aqui na vida para se tornar uma mercadoria. Você não está aqui para se tornar algo útil; isso seria pouco digno. Você não está aqui para se tornar cada vez mais eficiente.

Você está aqui para se tornar cada vez mais vivo; você está aqui para se
tornar cada vez mais inteligente; você está aqui para se tornar cada vez mais feliz, extasiantemente feliz. Mas isso é totalmente diferente dos caminhos da mente”.

OSHO – Criatividade.
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga,
Consultora de I Ching e Terapeuta Floral.
Atende em São Paulo e para agendar uma consulta, envie um email.
Conheça o I-Ching
Email: elisabeth.cavalcante@gmail.com

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A D O Ç Ã O



Nesta blogagem sobre adoção aproveito para postar um texto da minha mulher que relata o nosso caso inédito de ADOÇÃO. O texto foi escrito quando havia se passado dezesseis anos, mas agora no dia 13 de novembro de 2008, às vésperas do “DIA DA ADOÇÃO” Sissi comemora o seu QUADRAGÉSIMO aniversário e hoje, viúva, vive com sua filha Luana a dois quarteirões da nossa casa.
É uma forma de homenagear minha mulher, este ser iluminado, que é meu porto seguro, companheira para qualquer hora e qualquer situaçõa que dá conta de uma família de 15 pessoas entre filhos e netos e que ainda encontra tempo para levar carinho e palavras de incentivos além da família, mas para não me estender sugiro que dê uma passadinha pelo blog dela e se deliciem com seu jeito de ser e de relatar os fatos.

http://meucantin5.blogspot.com/

Com meu amor, respeito, carinho e admiração.
Beijos
José Jaime



Nossa Família hoje.

Moça pequenina, feinha e falante, de nome curto e sem graça, Nilda. Indo sem preocupação outra, que não fosse seu casamento já marcado. Feliz, sempre sorridente, ia e vinha diariamente das aulas que dava numa fazenda, perto de uma cidadezinha, “zinha mesmo” em Minas. Nilda sempre falava muito no destino, acreditando firmemente que ele existe.
Numa manhã chuvosa, mas calorenta, Nilda fez seu percurso normal. Lã adentrando, que espanto! Um bando de ciganos: Ciganos enormes, bonitos e elegantes, mas lançando em seus olhares desconfiados, um certo temor. Os ciganos se faziam transportar por enormes cavalos, altos e de marcha elegante como se fossem ensaiados por seus montadores, pois 0 chão era 0 mesmo, do homem para 0 animal que andava galante.
Meio assustada, com mais de cem integrantes entre homens mulheres e crianças, Nilda chegou a sala de aulas alegre de cartazes, e energizada pelas crianças, que até hoje são paixão para ela...
Faltava uma, que era a mais velha de sua turma, Irene. Onde esta Irene? Perguntou Nilda.
A resposta veio de imediato, como por encanto, Irene apareceu correndo como corisco, Falando aos sopros, causados pela correria anterior.
Dona Nilda, a senhora a credita que uma cigana está tendo nenê e se for menina ela vai jogar no açude?
- 0 quê? Disse Nilda.
É sim, uma cigana mais velha me contou que todas as vezes que alguma mulher vai ter filho 0 grupo acampa perto de rio, açude, enfim onde haja água. Sabe porquê? A criança tem que ser do sexo desejado pela tribo para acasalar com 0 último bebê já nascido.
Irene: Volte lá,Irene, mas fique por perto, quando nascer me chame.
Mas, Irene, mal tinha saído e já estava de volta com um recém-nascido no colo.
Que cena! Nilda jamais esqueceu aquele quadro emoldurado por um solzinho branco e leve, resultado de uma chuva de verão que caíra momentos antes.

Eram 9 e 10 da manhã. Nilda colocou toda sua eletricidade para funcionar. Num segundo, arranjou um cobertorzinho com os colonos, envolveu 0 nenê e com seu já amor materno correu para a rodovia lembrando que ali bem perto existia a “Residência” do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), neste momento depara em pleno pátio da Residência com 0 Dr. Luiz, engenheiro chefe da Residência e temido pelo seu porte austero... Este homem imediatamente colocou a única viatura disponível para o mais perto socorro do nenê.
Nilda num carrinho que presta serviços de recapeamento asfáltico da estrada, sob os olhares curiosos e penalizados dos trabalhadores, que mal acreditavam naquela história que Nilda traçava rapidamente~ entre Um sorriso trêmulo e o morder nos lábios~ que ainda hoje conserva como cacoete.
Começa um novo ato na vida de Nilda. Dali a uns poucos quilometros chega a Matias Barbosa. Imediatamente procurou a pessoa mais indicada, a irresistível D. Neneca. Parteira da cidade toda, dedicada, alegre, responsável e acima de tudo consciente. De aparência frágil, pelo seu corpo fininho e pelos anos de vida que já lhe eram pesados. Ah! Que saudade! Velhinha levada da breca; fazia as pessoas mudarem de humor sem fazer força. Foi-se deste mundo para a atmosfera sagrada, com o encontro com Deus. Nilda não se esquece dela, à noite em suas preces.
Encontrando com D. Neneca, foi um rebú. Não vou mexer nela aqui. Vamos para 0 Lactário, disse ela.
Foram andando, e daí a pouco, a cidade inteira estava em procissão atrás delas. Aquela coisa de cidadezinha. 0 segredo vira comício em um segundinho só. No lactário, não coube todo mundo e suas curiosidades.
D. Neneca, muito ativamente, achou melhor banhar o nenê para tirar bem as folhinhas de capim e o estrume que já haviam secado na pele pelo nascimento em contato com o paste que amparou os primeiros momentos de vida. Mas, a casa onde funcionava 0 lactário, estava tão cheia, que mal se podia mexer lá dentro. Era só D. Neneca dizer: quero isso, e o pedido vinha em dobro, triplo ••• como se esfregasse uma lâmpada de Aladim.
Depois dos primeiros socorros, entre eles amarrado menor o cordão umbilical, e cortado o excesso, que era enorme; Nilda e D.Neneca foram arrumar algumas roupinhas de nenê. Não foi necessário muito esforço, logo começou a aparecer trouxinhas e mais trouxinhas de roupa, vindas de todas as camadas sociais. Foi um verdadeiro apelo sem pedidos, um socorro sem náufragos.
E Nilda, que já havia dado um susto em sua mãe, que mal acreditava no que via, mesmo estando com a menina em seu colo, e já muito acostumada com os blefes de Nilda. Aliás Nilda já estava mesmo sem credibilidade, já havia telefonado a seus tios e sua irmã, que mesmo não acreditando, apareceram depois, sorrateiramente, como se nada quisessem.
Nilda partiu para a cidade grande, a bela Juiz de Fora, onde procurou o pediatra amigo antigo d família: Dr. Vianello Martins, que cuidou do nenê e deu todas as dicas necessárias.
Depois de tudo resolvido, pelo menos a princípio, Nilda enfrentou em sua casa a fila de curiosos que não tinha fim. Todos queriam ver se “ciganos” era igual a gente.
Com a ajuda incansável e competente do Juiz, Nilda ficou com o nenê, sob a guarda de sua mãe, sempre amiga, que por sua vez a adotara 19 anos atrás.
Passara-se dezesseis anos, e hoje Nilda casada, com mais 4 filhos gerados, com casamento feliz, de amor de criança. Seu marido José, personagem principal, deu a menina seu nome, seu amor que se alonga desde 1968 quando Nilda fez a “LOUCURA DE AMOR”.




Èramos assim em 1968.



Nilda e Sissi em Dezembro de 1968.





Sissi hoje às vésperar de comemorar 40 anos.

(Este conto é real, sendo alguns nomes substituídos por não ter-se autorização das pessoas referendadas, ao passo que outros são reais, como homenagem póstuma pelo bem que fizeram.

domingo, 2 de novembro de 2008

UM ALERTA AOS PAIS


(Crédito da Foto: Internet - g1.globo.com)

ARTIGO PUBLICADO NO JB, DA DRª MARIA ISABEL, PROFESSORA DE PSICOLOGIA, QUE DENOMINEI DE 'O NÃO DE ELOÁ'.
Isabel Alves
Centro de Apoio e Defesa da Cidadania-RJ
Encaminhado por sua aluna Danielli Pinho.


UM ALERTA PARA OS PAIS!!!


Criando um Monstro.

O que pode criar um monstro? O que leva um rapaz de 22 anos a estragar a própria vida e a vida de outras duas jovens por... Nada?

Será que é índole? Talvez, a mídia? A influência da televisão? A situação social da violência? Traumas? Raiva contida? Deficiência social ou mental? Permissividade da sociedade?
O que faz alguém achar que pode comprar armas de fogo, entrar na casa de uma família, fazer reféns, assustar e desalojar vizinhos, ocupar a polícia por mais de 100 horas e atirar em duas pessoas inocentes?

O rapaz deu a resposta: 'ela não quis falar comigo'. A garota disse não, não quero mais falar com você.
E o garoto, dizendo que ama, não aceitou um não. Seu desejo era mais importante.

Não quero ser mais um desses psicólogos de araque que infestam os
programas vespertinos de televisão, que explicam tudo de maneira muito simplista e falam descontextualizadamente sobre a vida dos outros sem serem chamados.
Mas ontem, enquanto não conseguia dormir pensando nesse absurdo todo, pensei que o não da menina Eloá foi o único. Faltaram muitos outros nãos nessa história toda.

Faltou um pai e uma mãe dizerem que a filha de 12 anos NÃO podia namorar um rapaz de 19.
Faltou uma outra mãe dizer que NÃO iria sucumbir ao medo e ir lá tirar o filho do tal apartamento a puxões de orelha.
Faltou outros pais dizerem que NÃO iriam atender ao pedido de um policial maluco de deixar a filha voltar para o cativeiro de onde, com sorte, já tinha escapado com vida.
Faltou a polícia dizer NÃO ao próprio planejamento errôneo de mandar a garota de volta pra lá.
Faltou o governo dizer NÃO ao sensacionalismo da imprensa em torno do caso, que permitiu que o tal sequestrador converssasse e chorasse compulsivamente em todos os programas de TV que o procuraram.

Simples assim. NÃO. Pelo jeito, a única que disse não nessa história foi punida com uma bala na cabeça.

O mundo está carente de nãos.
Vejo que cada vez mais os pais e professores morrem de medo de dizer não às crianças.
Mulheres ainda têm medo de dizer não aos maridos ( e alguns maridos, temem dizer não às esposas ).
Pessoas têm medo de dizer não aos amigos.
Noras que não conseguem dizer não às sogras.
Chefes que não dizem não aos subordinados.
Gente que não consegue dizer não aos próprios desejos.
E assim são criados alguns monstros.
Talvez alguns não cheguem a sequestrar pessoas. Mas têm pequenos surtos quando escutam um não, seja do guarda de trânsito, do chefe, do professor, da namorada, do gerente do banco. Essas pessoas acabam crendo que abusar é normal. E é legal.

Os pais dizem, 'não posso traumatizar meu filho'. E não é raro eu ver alguns tomando tapas de bebês com 1 ou 2 anos.
Outros gastam o que não têm em brinquedos todos os dias e festas de aniversário faraônicas para suas crias.
Sem falar nos adolescentes. Hoje em dia, é difícil ouvir alguém dizer:
Não, você não pode bater no seu amiguinho.
Não, você não vai assistir a uma novela feita para adultos.
Não, você não vai fumar maconha enquanto for contra a lei.
Não, você não vai passar a madrugada na rua.
Não, você não vai dirigir sem carteira de habilitação.
Não, você não vai beber uma cervejinha enquanto não fizer 18 anos.
Não, essas pessoas não são companhias pra você.
Não, hoje você não vai ganhar brinquedo ou comer salgadinho e chocolate.
Não, aqui não é lugar para você ficar.
Não, você não vai faltar na escola sem estar doente.
Não, essa conversa não é pra você se meter.
Não, com isto você não vai brincar.
Não, hoje você está de castigo e não vai brincar no parque.

Crianças e adolescentes que crescem sem ouvir bons, justos e firmes NÃOS crescem sem saber que o mundo não é só deles. E aí, no primeiro não que a vida dá ( e a vida dá muitos ) surtam. Usam drogas. Compram armas. Transam sem camisinha. Batem em professores. Furam o pneu do carro do chefe. Chutam mendigos e prostitutas na rua. E daí por diante.

Não estou defendendo a volta da educação rígida e sem diálogo, pelo contrário. Acredito piamente que crianças e adolescentes tratados com um amor real, sem culpa, tranquilo e livre, conseguem perfeitamente entender uma sanção do pai ou da mãe, um tapa, um castigo, um não. Intuem que o amor dos adultos pelas crianças não é só prazer - é também responsabilidade. E quem ouve uns nãos de vez em quando também aprende a dizê-los quando é preciso. Acaba aprendendo que é importante dizer não a algumas pessoas que tentam abusar de nós de diversas maneiras, com respeito e firmeza, mesmo que sejam pessoas que nos amem. O não protege, ensina e prepara.

Por mais que seja difícil, eu tento dizer não aos seres humanos que cruzam o meu caminho quando acredito que é hora - e tento respeitar também os nãos que recebo. Nem sempre consigo, mas tento. Acredito que é aí que está a verdadeira prova de amor. E é também aí que está a solução para a violência cada vez mais desmedida e absurda dos nossos dias.

Recebí este artigo por E-Mail e achei interessante ´postá-lo aqui.
QUE ESTE ARTIGO SIRVA DE ALERTA E OS PAIS APRENDAM A DIZER NÃO, NO MOMENTO NECESSÁRIO.
Abraços
josé jaime